Como é ser pobre? - O tacho da Pepa

13 de julho de 2017

Como é ser pobre?

Oi Girls and boys, Vi, escrevendo..

Queridas e queridos  dia desses a Pepa mostrou um vídeo da Anitta (cantora de funk), onde ela relatava um momento da sua adolescência, quando ela era pobre.

O vídeo é engraçado, e quem foi ou é pobre, se enxerga na história dela.

Ela conta como alguns "amigos" vestiam roupas de marca (grife) e ela, pobre vestia roupas do camelô, ela conta como desejava usar aquelas roupas para se sentir igual aos outros, para poder se sentir incluída pelos "amigos" mais endinheirados.


É engraçado observar como as pessoas discriminam os pobres, eles chegavam para Anitta, olhavam para aquelas roupas falsas do camelô e ficavam perguntando: onde você comprou essa roupa?

Tipo, eu estou vendo que essa grife é falsa, você não pode estar entre nós.

No meu tempo ( eu idosa..kkk), não existia Smartphones,(nem em sonhos) não existiam tantas grifes, existia certa discriminação, mas comparada com hoje em dia, chega ser irrelevante.


Agora vou contar um pouco da história para vocês saberem porque no meu tempo não existia tanta tecnologia e grifes importadas.

O regime militar implementou uma politica protecionista, que visava proteger empresas brasileiras da concorrência com empresas estrangeiras.

A proposta parecia ótima, gerar empregos, investimentos no setor da educação, tecnologia e etc

Mas na realidade, só gerou um comodismo, nossas empresas não precisavam ser boas, não existia concorrência, ninguém investia em nada, e fomos ficando atrasados em relação a outros países, isso foi mais sentido no setor tecnológico.


Sabe aquele ditado, que pais super protetores estragam os filhos, pois é , essa "superproteção" não foi positiva para o país, ficamos para trás em conhecimento, progresso e geração de empregos.

Com  o fim do regime militar, houve abertura para importação de produtos, mas os impostos são altos, portanto só alguns podem ter acesso.

Fico imaginando o sofrimento dos pais que são pobres e tem filhos adolescentes, porque o amiguinho tem o o tênis de marca, o Smartphones de ultima geração, frequenta aquela hamburgueria famosa e seu filho não tem nada disso, fica com olho comprido, sonhando com impossível.


Outro dia no metrô, uma mulher contava que foi fazer bico de faxina no fim de semana para poder comprar um Iphone para o filho (presente de aniversário), pobre honesto é assim, trabalha duro, faz prestações a perder de vista para realização o sonho do filho.

Tem gente que pensa que pobre não sabe o que é bom, uma conhecida do meu pedaço, toda metida a rica foi na comunidade no dia do Cosme e Damião levar uns pirulitos para as crianças.

As crianças só de olho no carrão da tia, no Smartphone da tia e naqueles pirulitos destrói dentes que ela levou para fazer "caridade" com os remelentos.

Não prestou, desde quando bacana entra comunidade para levar pirulitos?

Roubaram ela!
Tem sorte que saiu viva.



Sugiro para as pessoas que gostam de "presentear" os pobres nessas festas, que prestem atenção no vídeo da Anitta, vá no shopping, compre  roupas, tênis de grife e distribua na comunidade.

Não estraguem os dentes das crianças, vista a criança como se ela fosse seu filho, faça ela se sentir incluída, levante a auto estima da criança.


Vou me despedindo de vocês

Obrigada pelo carinho e Atenção ..

muitos beijos ..


Meu carinho para vocês:
Tchau,Vi

8 comentários

  1. Aqui em casa não tem nada disso, criei meus filhos sem nada de grife e na verdade nunca liguei pra isso e meus filhos também nem ligam, ao ponto de querer comprar um tênis de marca e eles não querem usar.Lembro que minhas irmãs eram assim e são assim, mas eu sempre achei isso bobeira,isso nunca foi importante, mas sei que muitas pessoas dão importância pra isso.

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  2. OI, Pepa!

    Muito verdadeira a sua postagem. Mas, eu queria colocar mais um ponto nas suas linhas, quando você diz "É engraçado observar como as pessoas discriminam os pobres", posso completar dizendo que o próprio pobre se discrimina para ficar igual ao "riquinho chato", a primeira coisa que faz quando cresce um pouco e se encher de coisas de marca para imitar. Por isso, hoje, a gente tem até medo de ir ajudar uma pessoa de menor condição do que a nossa e ainda levar "carão" porque não está dando o que eles querem... É o retrato dos tempos. Antes era importante "ser", hoje, o importante é "ter" e "parecer" uma coisa que você não é... Pobreza de dentro (essência). Não é verdade, minha amiga? Adorei o post!
    Abração,
    Drica.

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  3. Oi Vi! Concordo contigo. Desde os treze anos quando comecei a trabalhar para ter o que eu precisava, nunca quis ou senti falta de grifes. A única coisa de grife que tive e estraguei foi um relógio que meu pai me deu. Desmontei pra ver por dentro. Hoje a maioria baliza as aparências, a ostentação. Quando ajudo alguém procuro me colocar no lugar do outro. Beijos

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  4. Eu me orgulho de uma coisa: nunca imprimi essa cultura ditatorial de consumo em meus filhos. Como resultado,são pessoas de bem, formados em faculdades públicas, trabalham, aprenderam a poupar, a administrar cada centavo ou realzinho que ganhavam de mesada e nenhum deles cresceu problemático, frustrado ou sentindo-se inferior, muito pelo contrário. O que aprenderam ensinam. Fazem trabalho social voluntário e valorizam os bons costumes e a família. Filhos aprendem prioritariamente pelo exemplo. Agradeço a Deus que me capacitou pra ensinar-lhes. Porque eu sou apenas humana e falha.
    Bjo Vi e Lia

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  5. Aqui dei sorte que a adolescente que tenho não liga pra marca.
    Na minha época era roupa da pier e mochila da Company ( ganhei uma mochila de presente de 15 anos do meu tio, pra ver como era cara), o tênis era nauru. não andava com roupa de marca porque nao tinha condições mesmo.
    Espero que consiga criar o meu caçula como a mais velha.

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  6. Adorei Vi, sabe me lembrei de um fato que aconteceu comigo na infância, minha infância foi bem privada apesar de continuar sendo pobre, sei que minhas condições hoje é muito melhor do que a dos meus pais naquela época, enfim ganhei o concurso de miss caipirinha (época de festa juninas) ganhei mais pela simpatia, eu não era uma menina muito bonita mas era popular, até no meio de pobre tem as pessoas soberbas, e uma menina que ficou em segundo lugar tinha uma condição financeira bem melhor que a minha, no dia da premiação fui para a festa da escola, com uma roupa limpa, cheirosa bem passada, cabelos sedosos (meu cabelo era lindo), toda pomposa, não era uma roupa nova, mas também não era mulambo, a mãe da menina me viu e perguntou ha...foi vc quem ganhou, vc não vai se arrumar para a premiação?
    Por muito tempo eu contei isso até de uma maneira engraçada, mas percebi aos poucos que não é tão engraçado assim, houve uma maldade daquele adulto, eu fui embora sem receber o prêmio e quem recebeu foi a filha dela, uma boneca que me lembro bem ela teria condições de comprar, já meus pais não.
    Vi um comentário uma vez sobre as cartinhas de natal que as crianças pedem absurdos, celulares, tablets etc, como se pobre não pudesse sonhar com coisa boa, querem até mensurar os sonhos das crianças... foi bom ter vindo aqui saudades beijos em vc e na Pepa

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  7. Oi Vi! Quando era jovem tinha um pouco de vergonha de sair por não ter roupas legais, roupa nova era só no Natal, no aniversário ganhava corte de tecido que ia para costureira ou minha vó costurava...Com o tempo fui me conscientizando do que realmente tem valor. Filho aqui nunca se ligou nestes papos de grife, sempre fiz muita economia para passar o mês sem ficar no vermelho, nunca damos o passo maior que a perna, acho que ele assimilou até demais o meu jeito mineirim se ser, como era meu pai.
    Bom domingo, beijos!

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  8. Concordo com o comentário Adriana Moreira... e agora vou assistir o tal video da Anita...kkkkk beijos

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Bjus 1000.