Humildade com Esperança- Devocional - O tacho da Pepa

2 de setembro de 2025

Humildade com Esperança- Devocional


Base para leitura : Salmo 22:14-24

O Salmo 22 é uma jornada emocional profunda, que começa com um grito de abandono—"Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?"—e termina em um cântico de triunfo e louvor congregacional. É um salmo que Jesus citou na cruz (Mateus 27:46), mostrando que Ele mesmo caminhou por essa estrada de sofrimento absoluto. Nos versículos 14 a 18, Davi (e, profeticamente, o Messias) descreve uma agonia física e emocional visceral.

Ele se sente como cera derretida, sua força se vai. Seu coração é como cera, derrete-se no meio das suas entranhas. A sede, a fraqueza extrema, a dor lancinante das mãos e pés perfurados, e o escárnio dos que o observam—tudo isso é detalhado de forma crua e realista. É a descrição de alguém que chegou ao fundo do poço.

Mas então, algo radical acontece a partir do versículo 19.

A oração de desespero se transforma. O salmista faz uma virada crucial: ele para de olhar apenas para a sua dor e começa a clamar pela proximidade de Deus. "Não te alongues de mim," ele suplica (v. 19). E Deus ouve.

A virada definitiva ocorre no versículo 22: "Pregarás o teu nome a meus irmãos; no meio da congregação te louvarei." O mesmo que se sentia desamparado agora se torna um testemunha. A dor não é negada, mas é redimida. Ela se torna a plataforma para proclamar a fidelidade de Deus aos outros. O sofrimento individual se transforma em louvor comunitário.

O salmista conclui com uma explosão de louvor porque ele lembra. Ele lembra que Deus não o desprezou nem abominou a aflição do aflito (v. 24). Deus ouviu o seu clamor. O Deus que parecia distante estava, na verdade, intimamente presente no sofrimento, ouvindo cada gemido.

Aplicação para a Vida

A Honestidade da Fé: Deus não se assusta com nossos gritos de angústia e abandono. Podemos ser totalmente honestos com Ele em nossa dor, assim como Jesus foi. A fé não nega a realidade do sofrimento; ela a traz à luz da presença de Deus.

A Virada do Louvor: Quando estamos no vale, intencionalmente devemos fazer a virada do lamento para a petição e, finalmente, para o louvor. Lembre-se de quem Deus é e do que Ele já fez. A ação de graças não nega a dor, mas afirma que Deus é maior do que ela.
O Testemunho que Surge da Dor: Sua história de sofrimento e da fidelidade de Deus no meio dela não é apenas para você. É para ser compartilhada com a "congregação" — sua família, seus amigos, sua comunidade de fé. Sua vitória pode ser a esperança de alguém que ainda está no versículo 1.



"Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu." (Salmo 22:24)

Como você pode, hoje, transformar um lamento em louvor? Com quem você pode compartilhar a fidelidade que Deus já demonstrou em sua vida?


 

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